sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Conselho da Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara definiu em novembro as personalidades homenageadas em 2011




Deputada Luiza Erundina faz a indicação de Dom Tomás Balduíno à Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara


O conselho da Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara definiu no começo de novembro as personalidades que serão homenageadas esse ano. A Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara foi criada em 2010 e se propõe a homenagear as pessoas que contribuíram para a defesa dos direitos humanos no Brasil. A escolha é feita por um conselho formado por 16 senadores. As personalidades foram anunciadas pela senadora Ana Rita (PT/ES), após a comissão decidir pelos cinco nomes que serão agraciados e mais um in memoriam. Os nomes aprovados pela comissão foram: dom Marcelo Pinto Carvalhera, Jair Krischke, dom Eugênio de Araújo Salles, o ministro Carlos Ayres Britto e dom Tomás Balduíno. In memoriam, o major brigadeiro Paulo César Fonteles de Lima. Podem indicar candidatos à comenda entidades governamentais e não-governamentais ligadas à defesa e promoção dos direitos humanos, deputados e senadores. A deputada federal Luiza Erundina foi quem indicou o nome de dom Tomás Balduínio. Um dos fundadores da Comissão Pastoral da Terra, em 1975, dom Tomás presidiu a entidade de 1997 a 1999, quando a luta pela posse de terra começou a se intensificar em todo país. A comissão foi criada em plena ditadura militar como resposta à grave situação vivida por índios, posseiros e trabalhadores rurais, especialmente na Amazônia. Nas duas últimas décadas a CPT tornou-se a principal fonte de denúncias da crescente violência em torno da luta pela posse de terra no país. Emitiu relatórios, criticou governos por omissão e lentidão na implantação da reforma agrária e acusou a Justiça de parcialidade exigindo atuação dos juízes contra a impunidade. No episódio do assassinato da freira americana Dorothy Stang, em Anapu, no Pará, dom Tomás criticou o governo federal por falta de ação. O bispo, que já havia apontado o agronegócio e o poder judiciário como os responsáveis pela violência, acusou o governo do Pará de estar envolvido com os crimes ocorridos no estado. Recentemente, vem denunciando abusos que têm sido praticados pela polícia de Goiás, como assassinatos e um grande número de desaparecimentos. Dom Tomás apresentou, junto com a Comissão Dominicana de Justiça e Paz no Brasil, em junho desse ano, um documento que reúne essas denúncias e aponta para a criação, por parte dos militares, de um grupo de extermínio que tem atuado com ferocidade no estado do Goiás. A Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara será entregue em dezembro.

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