quinta-feira, 28 de março de 2013

Comissão de Ciência e Tecnologia recebe documento da Frentecom sobre o Rádio Digital


Em nome da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito a Comunicação com Participação Popular (Frentecom), a deputada Luiza Erundina encaminhou, ao presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara, o deputado Paulo Abi-Ackel, documento elaborado pela Frentecom com reflexões e propostas sobre o processo de digitalização do rádio no Brasil.

O documento foi encaminhado durante a sessão da CCTCI desta quarta-feira (27/3). Na ocasião, Erundina afirmou que o tema da digitalização do rádio brasileiro é fundamental e está na agenda de discussão deste ano no Ministério das Comunicações, através do Conselho Consultivo do Rádio Digital, do qual são membros os deputados Manoel Junior e Sandro Alex, também integrantes da CCTCI.

“Este tema está em vias de ser decidido no âmbito do Governo, e esta Casa tem possibilidade e responsabilidade de contribuir com o debate para que o Governo adote a melhor solução sobre esta questão”, afirmou a deputada. E prosseguiu: “A Comissão tem possibilidades reais de dar seu contributo a essa reflexão, e este documento é uma contribuição da Frentecom, que vem debatendo o sistema de digitalização do rádio no Brasil, junto com a sociedade civil organizada, a qual integra, inclusive, a Frente Parlamentar”.

A deputada também indagou, ao presidente da CCTCI, se os trabalhos da Subcomissão Especial do Rádio Digital — destinada a discutir o tema no âmbito da CCTCI — já foram concluídos e qual foi o resultado, a fim de que a Frentecom o tenha como referência.  Paulo Abi-Ackel, por sua vez, parabenizou a iniciativa da Frentecom, acatando suas contribuições, e disse que a Subcomissão do Rádio Digital terá de ser reinstalada e que tomará as providências para que sua reinstalação aconteça na próxima reunião da CCTCI.

Clique aqui para assistir na íntegra o trecho da reunião da CCTCI.

Clique aqui para acessar o documento elaborado pela Frentecom.

sexta-feira, 22 de março de 2013

A Toalha de Erundina

Por Gilberto Marques* 
(advgilbertomarques@hotmail.com)

Ser vice não é fácil. A história está cheia de exemplos. A lua de mel da vitória dura pouco, é comum. O ciúme é fraternal, umbilical, intestino. O adversário fica longe, na trincheira. O companheiro tem uma espécie de sociedade conjugal.

No episódio atual, Lula inventou Haddad e talvez dê — dê é o que não falta. O PSB de Eduardo ofereceu Erundina de bandeja e deu no que deu. A paraibana foi, viu e desistiu de vencer. A qualquer custo NÃO! Pensou Luiza, no compasso de Jobim.

Ela sabia e poderia imaginar o abraço lulista no Paulo de São Paulo. Acho que até imaginara. Religiosa na origem — freira católica no passado, cristã militante, ainda, rezou, pediu a Deus, acreditou nas orações e pagou pra ver. Viu o que todos vimos.

O Poder Local é cheio de miudezas. Apesar do PIB paulistano, da metrópole populosa, do engarrafamento e do Tietê, todo município é vicinal. Nesse contexto, PT e Maluf juntos, nem pensar. No abc de Lula, quibe se come frito e fritura faz mal.

O rótulo malufista nasceu com a primeira sílaba. Desde os primórdios, já no batismo, era do mal. Lula, por sua vez, fez carreira como paladino da justiça, defensor dos fracos e oprimidos. O próprio bem. Na composição junina de 2012 veio o abraço do bem e do mal. Luiza Erundina chamou o feito à ordem e correu do sanduíche.

Não deixou, pois, seu sonho, seu discurso, seu passado virar presunto.

Abriu mão de privilégios, da perspectiva de mais poder, do caminho da volta. Deu um exemplo raro.

O diabo só existe porque há o pecado e o pecador. Uma coisa é certa: Maluf não fica no veto. Tem voto pra dar e vender. Tem gente assim que vota com ele, notadamente na terra do santo xará. Apesar da próstata, continua firme e forte na aventura de ser quem é. Lépido, gordo e risonho, conta lorota e confere o extrato das contas, em vão perseguidas.

Na eleição vindoura é Paulo para paulista nenhum reclamar — é pauleira! De tanto gritar “é pau, é Paulo”, Lula ficou rouco. Não há Serra que não quebre. Pra ganhar, vai ter muito o que amolar.

Erundina, todavia, ao contrário de Pedro — o primeiro, disse “não fico” e foi-se. Cortou o barato da galera e PT saudações. PP não, PP não — cantou Luiza.

* Gilberto Marques é advogado, atua no Recife – PE, no âmbito da Comissão Estadual da Verdade.

I Fórum de Cultura e Educação





A deputada Luiza Erundina participou, nesta quinta-feira (21/3), no Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo, do primeiro seminário do Fórum de Cultura e Educação. O seminário buscou refletir e responder à questão: “Em que deve se fundamentar um verdadeiro projeto cultural para as pequenas e médias produções, no município, no estado e no País?”. 

Além de Luiza Erundina, o deputado federal Pedro Eugênio participou dos debates. Na ocasião, Pedro Eugênio apresentou o relatório do Programa Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura (Procultura), projeto de lei nº 6722/2010 do qual é relator na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados e que, se aprovado, modificará a Lei Rouanet. Participaram também da mesa de discussão a professora Ana Cecília Simões, diretora de programas especiais do município de São Paulo, e Denise Weinberg, produtora teatral.

Instituído em ato durante o evento, o Fórum de Cultura e Educação, formado por atores, músicos, arte-educadores e produtores culturais, tem o objetivo de estimular a discussão sobre políticas públicas para as artes, especialmente para as artes cênicas e para a música. O Fórum também pretende atuar na interlocução com a sociedade civil e o poder público.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos

Nesta quarta-feira (20/3), às 11h, no Auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados, será lançada a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos. Os movimentos sociais e a sociedade civil organizada estão convidados a participar da solenidade. 


Erundina: "O Congresso não afronta a mídia"

                           Dep. Luiza Erundina no Fórum em Aracajú Foto: Caroline Rejane

Valter Lima, do Sergipe 247 – A deputada federal Luiza Erundina (PSB/SP) esteve em Aracaju na última sexta-feira (15) como palestrante do Fórum “Mídia, Direitos Humanos e Liberdade de Expressão”, promovido pela Central Única dos Trabalhadores. À imprensa, a parlamentar falou sobre democratização da mídia, reforma política, criticou a escolha do deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara, da qual ela também faz parte, e se colocou contrária à antecipação do processo eleitoral de 2014.

Para ela, falta disposição aos parlamentares para discutir efetivamente a reforma política, que reveja a organização atual do Estado Brasileiro. “É uma questão muito mais estrutural do que este ou aquele ponto. Inclusive, os parlamentares insistem em tratar assim, para poder inviabilizar uma autêntica reforma política”, disse. Sobre a democratização da mídia, Erundina foi enfática: terá que partir da sociedade. 

“Não espere que o Congresso vá fazer isto. O Congresso não afronta a mídia, pois é detentor de concessões de rádio e TV. É uma concentração fantástica de poder da mídia no Brasil, para três, quatro, cinco grupos. Não mais que isto. Está na hora de reverter este quadro, mas lamentavelmente os governos não têm tido coragem de confrontar”, afirmou.

Em relação a Marco Feliciano na presidência da CDHM, a deputada afirmou que a eleição dele “foi o assalto de uma força religiosa que expressa um projeto político”. “Eles estão lá porque querem o poder. E não é por ser evangélico, mas sim por ser evangélico político, que tem um projeto de poder que vai contra a democracia”, acusou.

Já sobre o pleito de 2014, Erundina afirmou que a antecipação eleitoral atrapalha o Governo Dilma e disse que se Eduardo Campos for candidato terá seu apoio, mas ressaltou que o PSB é pequeno no Sudeste. Confira os principais trechos da entrevista:

Reforma Política

“A reforma política, só se pode dar este nome a ela se ela trata e pensa o sistema político como um todo: a organização do Estado Brasileiro, como se dá a disputa do poder, como se distribui o poder no país, como se articulam os poderes do Estado... portanto, é uma questão muito mais estrutural do que este ou aquele ponto. Inclusive, os parlamentares insistem em tratar desta forma, que é para poder inviabilizar uma autêntica reforma política. A questão da votação em lista é um dos aspectos do sistema político. A lista pré-ordenada é um modelo e prática no mundo inteiro da democracia. A votação uni-nominal, candidato por candidato, é uma visão que não ajuda a fortalecer e a criar uma consciência política coletiva e de projetos políticos. E por falta de entendimento, as pessoas dizem ter orgulho de votar em pessoas e não em partidos. É verdade que os partidos que existem hoje não tem muita identidade. E esse é um dos temas da reforma política, que é reconstruir o quadro partidário. Hoje, existem 30 partidos e outros mais na fila para serem criados e ter acesso ao fundo partidário, porque, no fundo, é isto que eles querem. Querem partido para disputar poder e ter um projeto de poder. Entendo que a lista pré-ordenada relacionada com o financiamento público e exclusivo e com o fim das coligações avança. E defendo também a alternância de gênero. O Brasil tem menos de 9% na Câmara e menos de 10% no Senado, de mandatos de mulheres. Falta uma política efetiva de estímulo à participação das mulheres, mesmo nos partidos de esquerda, se é que ainda existe partido de esquerda neste país. É uma distorção da nossa política a participação tão pequena das mulheres. O machismo predomina na política também. Só há democracia plena quando há igualdade de direitos, entre homens e mulheres, entre negros e brancos, entre jovens e idosos...”

Democratização da mídia

“Os fóruns e grupos pela democratização da comunicação que estão se formando no país inteiro são importantes. Ao se reunir para discutir esta temática está acumulando e colocando para frente um processo que vem se dando no país inteiro e a gente precisa se fortalecer até chegar a um momento de ter condições de apresentar um projeto de novo marco regulatório. Vamos brigar com o Congresso. Não espere que o Congresso vá fazer isto. O Congresso não afronta a mídia. O Congresso é detentor de concessões de rádio e TV, contrariando o dispositivo constitucional (o artigo 54 da Constituição) que proíbe que detentor de cargo público e mandato popular seja concessionário de órgão de comunicação. E tem, inclusive, a propriedade cruzada, com um é detentor de concessão de rádio e TV ao mesmo tempo. É uma concentração fantástica de poder da mídia no Brasil, para três, quatro, cinco grupos. Não mais que isto. Está na hora de reverter este quadro, mas lamentavelmente os governos não têm tido coragem de confrontar. Diferentemente do que está ocorrendo na Argentina, na Venezuela. Esses países tiveram a coragem. E não deve ter sido fácil enfrentar o poder da mídia. E no Brasil, não se faz nada. Não se mexe uma palha. E qualquer coisinha eles já levantam e falam em censura e que se está intentando contra a liberdade de expressão, como se eles fossem o grande timoneiro da defesa da democracia e da liberdade de expressão”

Marco Feliciano na CDHM

“Foi o assalto de uma força religiosa que expressa um projeto político. Eles estão lá porque querem o poder. E não é por acaso que eles se articularam, pois o PSC é um partido pequeno e não teria direito a tantas vagas na comissão. Mas eles tiveram a ajuda de outros partidos que cederam suas vagas para que eles fossem maioria naquela comissão. Nós, oposição a eles, somos uma minoria. A meu ver, vamos ficar até o final desta sessão legislativa, até fevereiro, com ele lá. Por isso, vamos criar um processo paralelo, uma frente parlamentar, para que seja um espaço no parlamento para onde se possa ir para, pelo menos, protestar. Não vou continuar participando da comissão, porque acho que, se formos contestar, servirá apenas como palco para Marco Feliciano, porque ele aprovará tudo, por ser maioria. Eles são centralizados, fundamentalistas, se acham com a missão divina de ir para lá para combater os homossexuais, o aborto, os negros, os índios. Eles questionam, por exemplo, a quantidade de terra que ainda está nas mãos dos índios. Então, é este tipo de ideia que move essas pessoas, que estão lá, e não vão ceder em absolutamente nada. E não é por ser evangélico, mas sim por ser evangélico político, que tem um projeto de poder que vai contra a democracia, contra os avanços que, a duras penas, o povo brasileiro conquistou na luta e na garra. E porque eles quiseram ir para a Comissão de Direitos Humanos, inclusive sob o comando do Bolsonaro? Para inviabilizar a Subcomissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça, que funcionou no ano passado com excelentes resultados. Até se antecipou – e muito – a Comissão Nacional da Verdade. Por isto, estamos lutando agora para ver se colocamos esta subcomissão no âmbito da Comissão de Constituição e Justiça”

Antecipação eleitoral de 2014

“Acho que se faz uma antecipação indevida. É muito cedo. São quase dois anos antes, o que termina colocando o carro na frente dos bois. Eu pergunto assim a esses candidatos, inclusive a presidente: qual é o projeto de país, de nação, de desenvolvimento, a partir do qual eles vão disputar o poder maior do país? Gostaria de estar discutindo isto. Acho que o meu presidente nacional do PSB tem todo o direito de querer ser candidato. Ele é uma liderança política em ascensão do país. Tem duas administrações aprovadas em Pernambuco, tem uma capacidade de articulação fantástica, mas o PSB não é forte no Sudeste. Esta antecipação atrapalha a presidente, que tem mais de um ano de administração pela frente. Tudo que ela faz, todo gesto dela, toda obra que inaugura, todo programa que ela lança é considerado eleitoral. Atrapalha. Acho que é precoce o lançamento de candidaturas, mas se há tanto interesse em se discutir 2014, vamos falar sobre o país, sobre os problemas, sobre as reformas que não se fizeram ainda. Não se fez a reforma agrária, a urbana, a tributária, a política, a da mídia, enfim, as reformas estruturais não ocorreram ainda. Vamos discutir a violência, a criminalidade, a violência contra a mulher, as drogas. Seria muito bom se os potenciais candidatos aproveitassem essa motivação e trouxesse a mídia junto para debater estes temas. Deixa para discutir eleição só na metade de 2014, porque só aí se fará sentido pensar em nomes. Mas se o processo está se dando o meu candidato é o presidente do meu partido”

Fonte: Portal 247 - 18 de Março de 2013

quinta-feira, 14 de março de 2013

Dep. Luiza Erundina discursa no Plenário da Câmara



 Dep. Luiza Erundina discursa no plenário da Câmara Foto: Sérgio Francês

Em Sessão Plenária, nesta quinta-feira (14/3), a deputada Luiza Erundina discursou em referência ao Dia Internacional da Mulher, destacando a necessidade de preservar as conquistas da mulher na sociedade brasileira e de resolver e eliminar as causas estruturais que sustentam a desigualdade de gênero, especialmente nos espaços de poder.
 

Para assistir o vídeo do discurso clique aqui.

Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprova PLP nº 93/2007, de autoria da deputada Luiza Erundina

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Deputada Luiza Erundina participa da Sessão da CTASP  foto:Tânia Cabral

Em reunião ordinária nesta terça-feira (13/3), foi aprovado, na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP), o parecer do deputado Eudes Xavier (PT-CE) sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 93/2007 – de autoria da deputada Luiza Erundina –, que estabelece a criação do Segmento Nacional de Finanças Populares e Solidárias, constituído por duas instâncias: o Conselho Nacional de Finanças Populares e Solidárias (CONAFIS) e os Bancos Populares de Desenvolvimento Solidário (BPDS).

O deputado Eudes Xavier (PT-CE) deu parecer pela aprovação, com substitutivo. O projeto propõe uma lei complementar ao art. 192 da Constituição Federal, estabelecendo um marco legal para as instituições de crédito popular. “Há possibilidades oferecidas pela própria Constituição brasileira, no seu art. 192, que está sendo regulamentado por essa lei complementar no que tange ao microcrédito, de se desenvolver um segmento da economia, convivendo, sem nenhum trauma, com a macroeconomia”, afirmou a deputada Luiza Erundina, na reunião da CTASP.

Clique aqui para visualiza a íntegra do parecer do relator.

Erundina também disse estar bastante feliz e gratificada pela posição dos membros da comissão, “por entenderem o mérito da iniciativa, que é resultado de entendimento com o segmento da sociedade civil brasileira que se dedica ao setor da microeconomia e que representa, sem dúvida nenhuma, uma possibilidade real de emancipação daqueles que estão excluídos do mercado de trabalho”, declarou a deputada federal.

Clique aqui para ouvir o discurso da deputada Luiza Erundina na reunião da CTASP.

De acordo com o projeto, os Bancos Populares de Desenvolvimento Solidário são instituições civis, sem fins lucrativos, que objetivam prover serviços financeiros, com vistas a fomentar a produção popular e solidária e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades.

Segundo a proposição, estes bancos estão autorizados a prestar serviços financeiros, como, por exemplo, captar poupança e depósitos à vista ou a prazo; operar títulos de capitalização; administrar carteiras de investimentos voltadas às iniciativas econômicas populares e solidárias; efetuar pagamentos; receber pagamentos e dar quitação; administrar cartões de crédito comunitários; realizar empréstimos e financiamentos; entre outras atividades.

O PLP nº 93/2007 prevê também a criação do Conselho Nacional de Finanças Populares e Solidárias, que exercerá funções de natureza normativa, consultiva e de fiscalização no âmbito do Segmento Nacional de Finanças Populares e Solidárias. Este Conselho terá como competências, dentre outras, normatizar e autorizar a constituição e o funcionamento dos Bancos Populares de Desenvolvimento Solidário, fiscalizar sua atuação e fixar as normas básicas para elaboração dos estatutos dos bancos populares.

A proposição explicita que o CONAFIS será formado por 11 membros, sendo cinco representantes da sociedade civil, indicados pelo Conselho Nacional de Economia Solidária; um representante do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; um representante do Ministério da Fazenda; um representante das instituições oficiais de crédito; um representante do Banco Central do Brasil e um representante da sociedade civil com assento no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

O primeiro presidente do CONAFIS, que terá mandato de dois anos, será o presidente do Conselho Nacional de Economia Solidária. O projeto também determina que a presidência do Conselho seja exercida em sistema de rodízio.

O PLP nº 93/2007 segue, agora, para as Comissões de Finanças e Tributação (CFT) e Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). Posteriormente, seguirá para o Plenário.

terça-feira, 12 de março de 2013

Deputados entrarão na Justiça contra eleição de Pastor Marco Feliciano

Câmara dos Deputados - 12/03/2013

Grupo contrário a deputado combinou também uma série de medidas em protesto a sua eleição para a presidência da Comissão de Direitos Humanos. Entre elas, está a criação de uma frente parlamentar em defesa dos direitos humanos.
Reunião dos deputados membros da CDHM e outros parlamentares insatisfeitos com a eleição do novo presidente da Comissão de Direitos Humanos, dep. Pastor Marco Feliciano. Dep. Padre Ton (PT-RO)Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Principal argumento de mandado de segurança é o fato de a reunião ter sido fechada a manifestantes.

Deputados contrários à indicação do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara vão entrar ainda hoje com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular a reunião em que foi eleito o pastor, que aconteceu na última quinta-feira (7). O argumento é que o encontro foi fechado a manifestantes, o que seria contrário ao Regimento Interno da Câmara.

A eleição de Feliciano foi marcada por polêmica, já que ele é acusado de ter divulgado declarações racistas e homofóbicas por meio de redes sociais. A eleição do deputado estava marcada para a última quarta (6), mas foi suspensa por causa de manifestações de entidades ligadas aos direitos humanos. O encontro acabou sendo adiado para quinta.

A determinação de impedir a entrada de manifestantes foi publicada pela presidência da Câmara, o que é questionado pelo grupo contrário ao pastor. "O regimento é claro ao determinar que todas as reuniões são públicas, salvo deliberação em contrário. Não houve nenhuma deliberação do colegiado nesse sentido", argumentou a deputada Erika Kokay (PT-DF).

“Respeito à Câmara”

Kokay faz parte do grupo que abandonou a reunião de quinta da CDH em protesto contra a ausência dos manifestantes. O então presidente do colegiado, deputado Domingos Dutra (PT-MA) chegou a renunciar ao cargo. “Nosso ato foi de responsabilidade, de respeito à Câmara. Não poderíamos confrontar o ato da mesa suspendendo novamente a reunião. A sociedade brasileira não vai se aquietar com essa indicação”, disse Dutra.

As declarações foram feitas em reunião do grupo, que aconteceu nesta manhã. No encontro, os deputados também decidiram tomar outras medidas contra a eleição de Feliciano. O grupo continuará insistindo com o líder do PSC, deputado Andre Moura (SE), para que o partido mude o nome indicado para o cargo de presidente da CDH. O tema também será levantado durante a reunião do Colégio de Líderes, que acontece hoje a partir de 14h30.

Corregedoria

O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) também sugeriu a apresentação de uma representação contra Feliciano na Corregedoria da Câmara. “Há claros indícios de uso do mandato para benefícios privados, já que qualquer igreja é uma entidade privada”, argumentou. Reportagens veiculadas recentemente pela imprensa afirmam que o pastor vem mantendo funcionários privados com recursos da Câmara. O deputado nega qualquer denúncia.

“Comissão paralela”

Arquivo/ Leonardo Prado
Luiza Erundina
Luíza Erundina foi indicada pela maioria dos insatisfeitos para coordenar frente.
O grupo também está colhendo assinaturas para a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Dignidade Humana e contra a Violação de Direitos. "Seria uma espécie de Comissão de Direitos Humanos paralela", disse Alencar. São necessárias as assinaturas de 198 deputados para a criação da frente. A deputada Luiz Erundina (PSB-SP) foi indicada pela maior parte do grupo para coordenar o novo colegiado.

Outra medida acordada hoje é a apresentação de uma representação à Mesa da Câmara com o objetivo de questionar a proporcionalidade partidária da Comissão de Direitos Humanos. O PSC conta hoje 15 dos 513 de deputados, mas bancada ocupa 5 das 25 vagas da Comissão de Direitos Humanos. Todas elas são cedidas por acordo pelo PSDB, pelo PMDB e pelo PP. “Todos os líderes têm de se manifestar, inclusive aqueles que acharam que essa indicação não teria repercussão”, disse o deputado Ivan Valente (SP), que é líder do Psol.

PSC

O líder do PSC, Andre Moura, anunciou que sua bancada deverá se reunir na tarde de hoje para avaliar se mantém ou não a indicação do Pastor Marco Feliciano para o cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos. “Sinto que é preciso dialogar. Contudo, a Câmara dos Deputados e o PSC precisam estar em sintonia com o sentimento da sociedade brasileira”, afirmou o deputado em nota divulgada pelo partido.

Apesar da reunião, Moura havia afirmado que Feliciano atuaria no cargo com isenção, “como um magistrado”. “Temos plena confiança que deputado Feliciano desempenhará o cargo com eficiência e respeito a todas as correntes de opinião”, disse.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Aracaju recebe seminário sobre liberdade de expressão, com presença da deputada Luiza Erundina


Na próxima sexta-feira (15/3), a deputada Luiza Erundina, coordenadora da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação, participará de seminário, em Aracaju, que discutirá o tema Mídia, Direitos Humanos e Liberdade de Expressão.

O evento, que é realizado pelo Fórum Sergipano pelo Direito à Comunicação, acontece às 19h, na sede da CUT Sergipe (Rua Porto da Folha, 1039, bairro Cirurgia, Aracaju – SE). Luiza Erundina fará palestra sobre o tema em questão, com o objetivo de debater a realidade dos meios de comunicação no Brasil, o papel da mídia na garantia dos direitos humanos e a situação da liberdade de expressão no País.

O seminário é aberto ao público. Mais informações: (79) 9156 2343


quarta-feira, 6 de março de 2013

Infância e Comunicação - Consumo consciente e respeito aos direitos de meninos e meninas em frente à TV

Por: Equipe ANDI
Foto: Sérgio Francês
 
Debates da manhã de hoje (5) no Congresso Nacional destacam a relação entre propaganda e obesidade infantil e a importância de preservar a Classificação Indicativa

A propaganda sem controle, sobretudo de alimentos industrializados, a obesidade infantil e a infância como alvo das campanhas de marketing foram alguns dos temas em debate durante a manhã de hoje no evento Infância e Comunicação – Marcos Legais e Políticas Públicas.

O encontro reuniu, na Câmara dos Deputados (Brasília/DF), parlamentares, especialistas internacionais como Susan Linn, autora do livro Criança e Consumo, e ainda órgãos do governo e de setores preocupados com as políticas públicas para a infância e a adolescência. 

A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) disse que o compromisso com um novo marco regulatório significará avanços fundamentais neste setor. A deputada Luiza Erundina (PSB-SP) lembrou que a questão não tem mobilizado o Congresso mas está presente nas ruas e nos movimentos da sociedade civil. “Não dá para imaginar que esta Casa esteja a preservar os direitos porque a Classificação Indicativa é a única forma de preservar crianças”, afirmou ela, lembrando que o tema está em debate desde a primeira conferência de Comunicação Social.

O deputado Jean Willys (PSOL-RJ,) que coordenou a primeira parte do  debate sobre a publicidade infantil, alertou sobre a responsabilidade do governo e dos órgãos públicos que incentivam o consumo, principalmente nas chamadas classe C e D, mas não se preocupam com a educação para um consumo consciente e de respeito ao meio ambiente.

Autora do Criança e Consumo, livro que inspira até hoje os debates sobre a vulnerabilidade das crianças e a publicidade e diretora do Centro de Mídia Infantil Judge Baker em Boston, Susan Linn aponta que a importância de uma regulamentação está diretamente ligada à proteção da criança. De acordo com Susan, US$ 70 bilhões são gastos anualmente nos Estados Unidos só com a publicidade voltada para as crianças e adolescentes.

O procurador Aurélio Rios declarou que a Classificação Indicativa é uma das preocupações do grupo de trabalho sobre Comunicação Social coordenado por ele em parceria com a sociedade civil. Em defesa também do marco regulatório e da modernização da legislação, a deputada Luiza Erundina informou que pretende recolher assinaturas para pressionar o Congresso a debater e avançar sobre o tema. “Eu me lembro que participei na Itália de um Tribunal Permanente dos Povos. O Brasil se destaca pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) como marco institucional e legal. Por outro lado, era um país que apresentava o quadro mais crítico e grave de atentado aos direitos das crianças e adolescentes” afirmou.

Participaram ainda da mesa de abertura a conselheira Alessandra Mara do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), o procurador federal dos Direitos do Cidadão Aurélio Rios, o representante do UNICEF no Brasil Gary Stahl, e Veet Vivarta, secretário-executivo da ANDI.

O evento Infância e Comunicação –Marcos Legais e Políticas Públicas é uma iniciativa da ANDI – Comunicação e Direitos, em parceria com a Secretaria Nacional de Justiça (órgão do Ministério da Justiça), com a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (órgão da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República) e do Conanda.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Evento debate infância e comunicação no Congresso Nacional



Encontro de abertura do Seminário no dia 05 de março reunirá especialistas nacionais e internacionais, além de parlamentares identificados com a agenda

Publicidade infantil, classificação indicativa e proteção da imagem da criança e do adolescente na mídia são algumas questões fundamentais para a garantia e a defesa dos direitos das crianças e adolescentes brasileiros e sobre as quais o parlamento possui um papel estratégico.

Por isso, no próximo dia no dia 5 de março acontecerá, no Congresso Nacional, o evento Infância e Comunicação: Marcos Legais e Políticas Públicas. O encontro acontecerá das 9h às 18h e contará com a presença de especialistas nacionais e internacionais, além de parlamentares identificados com a agenda temática.

Nomes como Susan Linn (autora do livro Criança do Consumo), Cecilia von Feilitzen (coordenadora Científica da International Clearing House on Youth, Children and Media) e Marta Mauras (vice-presidente do Comitê da ONU sobre os Direitos da Criança) se juntarão ao debate com o objetivo de mostrar como a comunidade internacional está se mobilizando para garantir os direitos de meninos e meninas na esfera da comunicação e como o Brasil pode utilizar a experiência externa para construir e aprimorar seus marcos legais. 

Durante o encontro também serão apresentados três papers desenvolvidos exclusivamente para o evento. Um deles busca identificar oportunidades de convergência de esforços para promover o reconhecimento das indústrias de tabaco e de alimentos ultra-processados como vetores de doenças. Outro demonstra a importância do Estado na elaboração e implementação de medidas de restrição à publicidade e ao marketing dirigido às crianças. E o terceiro estudo tem como objetivo jogar luz no debate sobre as práticas de auto-regulação no campo da classificação indicativa.

O evento acontece no momento em que pautas como classificação indicativa e publicidade infantil estão ganhando destaque e visibilidade em função da crescente influência da mídia nas sociedades contemporâneas, em especial junto ao público infanto-juvenil. Por isso, a necessidade constante de aperfeiçoamento dos marcos legais e políticas públicas referentes ao setor.

Quem realiza

A iniciativa é uma realização da ANDI – Comunicação e Direitos, da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (órgão da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República), da Secretaria Nacional de Justiça (órgão do Ministério da Justiça) e do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda).

O encontro também articula os esforços de três Frentes Parlamentares da maior relevância: a dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente; a pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular; e a pela Cidadania LGBT.
A participação é gratuita e aberta a toda a população.
Serviço:
O quê: Evento Infância e Comunicação: Marcos Legais e Políticas Públicas
Quando: 5 de março de 2013, das 9h às 18h
Onde:
Manhã (9h às 12h): Plenário 2 (Corredor das Comissões)
Tarde (14h às 18h): Auditório Antonio Carlos Magalhães (Interlegis)

Informações
Cristina Sena (ANDI)
Telefone: (61) 2102-6554
E-mail: pauta@andi.org.br
           csena@andi.org.br